sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ana Macedo


O chá de hoje é com a Senhorita Macedo que irá contar um pouco de sua história e de seus sonhos. Sente-se e tome essa xícara de chá... Oh! Cuidado para não exagerar no açúcar...


"Um amigo me disse uma vez: "Acho que um bom escritor é cuidadoso com o que escreve, para fazer uma obra completa. Agora, os MELHORES escritores, simplesmente escrevem e sua obra completa-se por si só" e acho MUITO que escrever se resume a esse pensamento."


Idade: 16 anos
Profissão: Escritora
Cantor(a) Favorito: Tarja e M Shadows
Livro: As Crônicas de Nárnia (muda conforme meu humor)
Filme: V de Vingança
Uma música: Thao Nguyen Xanh – Sad Romance




   Como surgiu a idéia de escrever um livro?

   Na verdade acho que nunca houve a idéia de um livro (risos). Eu tinha mania de escrever meus sonhos, porque dizem que isso ajuda a melhorar a memória e umas coisas assim. Tive um sonho repetidas vezes, sobre um dragão azul que entrava ensangüentado em um salão de pedra. Uma amiga viu minhas anotações e pediu que eu continuasse a escrever, só pra ela, ai a historia foi nascendo na minha cabeça, virando um conto e aos poucos tomando magnitude maior. Mas sempre fui muito ligada à leitura e escrita. Só que nunca achei que escrevia suficientemente bem, até ver que as pessoas realmente gostavam.

   Escrever lhe ajudou em algo?

  Com certeza! Eu era uma pessoa muito efusiva, carismática, muito falante, mas tive uma depressão bem pesada algum tempo atrás. E a escrita foi meu melhor refúgio, era onde eu podia realmente me expressar. Colocar toda magia, angústia e criatividade pra fora, no papel. Sem contar que, quando as coisas começaram dar certo, tudo isso fez muito bem pra minha autoestima e comecei ser bem mais organizada e responsável (risos).

    Qual foi a inspiração principal para você?

  Acho que tudo serve de inspiração, desde a arquitetura de uma igreja, o andar de um senhor ao sorriso de uma criança, mas acho que as maiores inspirações vieram de músicas instrumentais, Lewis (escritor de As Crônicas de Nárnia) e Tolkien (escritor de O Senhor dos Anéis).

      Alem de seus livros quais são seus sonhos?

Poder dar uma vida estável pros meus familiares, morar sozinha, ser atriz, fazer trabalhos voluntários, voltar a morar no interior...

Você já pensou em desistir dos seus sonhos?

 Desistir não, mas acho que todo mundo tem prioridades. Ás vezes, elas mudam, mas desistência mesmo, nunca. Acho que não vale à pena, porque desistir dos sonhos, pra mim, seria como perder as esperanças de uma vida melhor e um mundo melhor, ou algo do tipo. Digamos que eu sou movida a sonhos (risos).

Você pretende seguir outra profissão? (alem de escritora)

   Sim. Pretendo entrar na faculdade de letras ano que vem tanto para aprimorar minha técnica - que ainda considero muito tosca -, quanto com a intenção de dar aulas de redação e literatura, de preferência em cursinho. Mas sou muito nova ainda, tenho só 16 anos. Pretendo fazer mais de uma faculdade e trabalhar em mais de uma área.

O que você tenta passar nas suas historias?

Annabelle Karyn é a personagem principal
da saga Lágrima de Fogo.
 Nossa essa é complicada! (risos) Pelo tamanho da história, acaba tendo muita coisa, mas os focos principais são: em bem e mal, a parcialidade que todos temos de ambos sobre descobrir quem você é, preconceito, julgamentos, brigas, família, liberdade, opressão, senso comum, manipulação, confiança, lealdade entre outras coisas...

Seus livros são uma maneira de se expressar?

 Sim, sim. Não só pensamentos, sentimentos e aflições, mas ideais, esperanças e princípios também.

A maneira que você escreve no dia vem de acordo com o seu humor do momento?

 Sim, é um dos motivos que eu não escrevo em ordem linear os meus livros. Não só a maneira de escrever, mas os sentimentos, ações e mesmo as descrições mudam. Então, acho que não funcionaria muito bem se me forçasse a escrever uma cena feliz em um dia em que estou completamente pra baixo. É muito engraçado como não só o humor influência a escrita, mas a escrita também influência meu humor (risos).

Quais as expectativas para o lançamento de seus livros?

 Não gosto muito de pensar em expectativas. Já que eu estou apostando tudo neles, tento pensar em metas. Como: vender 1500 copias de julho a novembro, agradar os leitores, absorver bem as críticas, renovar contrato do primeiro volume e fechar contrato para o restante da saga. Coisas desse tipo. Acho que, por enquanto, não é hora de tirar os pés do chão a não ser pra escrever. Claro!

Qual a relação da sua família com os seus sonhos? Principalmente com os livros.

Não era exatamente boa, mas depois que as coisas começaram acontecer não tinha muito a que se opor. Então aceitaram, no momento é relativamente positiva em toda a família, tenho quase certeza que meus pais até sentem algum orgulho e duas de minhas tias, aliás, me dão muito apoio.

Para você qual é o maior escritor do momento?

Essa é pesada. Não acho que consigo responder um só (risos). Então irei falar alguns: George R. R. Martin (Crônicas de Gelo e Fogo), Suzanne Collins (Jogos Vorazes), John Flanagan (Ranger’s), Rick Riordan (Percy Jackson e os Olimpianos), JK Rowling (Harry Potter).
Isso sem contar os nacionais. Temos ótimos autores nacionais, alguns que já fazem sucesso - como André Vianco (Os Sete, Sétimo, O Senhor da Chuva, Bento, O Vampiro Rei Vol 1 e 2) e Eduardo Spohr (Anjos da Morte) - e outros que, com toda certeza, serão grandes nomes em pouco tempo!

Qual(s) escritor(s) você tem como exemplo?

Acho que todo escritor tem uma história e toda história tem alguma coisa que serve como exemplo. Rick Riordan e John Flanagan começaram suas histórias por causa de seus filhos, acho isso fantástico. JK Rowling é um verdadeiro exemplo de superação e persistência.

A amizade entre Tolkien e Lewis, para você deveria servir de exemplo para os outros?

Com certeza! Acho legal, também, como a blogosfera une bastante autores.
 Acredito fielmente na história que "duas cabeças pensam melhor que uma" mesmo que não trabalhem na mesma história. Acho importante ter alguém pra discutir de preferência alguém que goste basicamente dos mesmos gêneros, mas não necessariamente. Tiro por exemplo Marcelo e Gustavo (Bento de Luca), dois primos que tinham gostos parecidos e resolveram escrever uma -ótima- história juntos. É sempre bom ter alguém pra discutir, revisar e tudo mais. Torna tudo muito mais prazeroso, também.

Se você fosse escrever uma biografia. Como seria o nome?

Nossa! Sou meio ruim pra falar de mim mesma. Eu acho que não faria exatamente uma biografia. Mudaria nomes e ordem que as coisas aconteceram, faria duas pessoas em uma e uma em duas; "dissecaria" minha vida e faria uma análise divertida em dois pontos de vista.
Isso pra não tornar a obra desagradável, confusa e entediante em certas partes, já que acho que leitura deve ser estimulante e atrativa.

O que você pode dizer para os jovens que estão desistindo dos seus sonhos?

Não desistam. Todo sonho vale a pena.
Se dizem que seu sonho é impossível, faça disso uma motivação. Dê um jeito de se provar, de mostrar que é capaz e que pode SIM. Porque acredite em mim, de uma forma ou de outra, tudo é possível. O que não significa que é fácil.
Grandes autores foram rejeitados por dezenas de editoras antes de ter suas obras publicadas, o mesmo vale para músicos, artistas plásticos, entre muitos outros.
 Um sonho mais "pé no chão", medicina, por exemplo, tem tantas chances de falhar quanto uma carreira artística e essas chances de falhar se resumem a uma única palavra: "desistência", que não deve NUNCA ser uma opção. 


 Douglas Albuquerque
   O livro da Ana foi aceito pela editora Novo Século recentemente e tem data de lançamento previsto para Junho. 
 Se quer saber mais sobre a Ana e suas histórias clique AQUI.





3 comentários:

  1. Obrigada Douglas, de coração mesmo!
    A entrevista foi ótima e as perguntas maravilhosas, super interessantes e criativas.
    Adorei participar (:

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  2. Quanto orgulho da minha Ana! ♥

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